Este post está escrito em Francês para comemorar a minha primeira venda para França através da loja online! Segui alguns conselhos da minha amiga Teresa e finalmente consegui a minha primeira venda para um país que gosto e admiro! Já passei muitas férias lá, sou apaixonada pela Provence, pelo Mont Saint Michelle, fiz o meu Erasmus em Saint Étienne e finalmente alguém em França me encomendou um produto! Obrigada Emmanuelle!
29 fevereiro, 2012
J'aime la France!
Ce message est écrit en français pour célébrer ma première vente en France via la boutique en ligne! J'ai suivi quelques conseils de mon ami
Teresa et j'ai finalement obtenu ma première vente à un pays que j'aime et admire! J'ai passéde nombreuses vacances là-bas, je suis en amour avec la Provence, le Mont Saint Michel, j'ai fait mon Erasmus à Saint-Etienne et, enfin, quelqu'un m'a demandé pour un produit! Merci Emmanuelle!
27 fevereiro, 2012
Pequenos negócios // Small businesses
"When you buy from a small mom business, you are not helping a CEO buy a third vacation home. You are helping a little girl get dance lessons, a little boy get his team jersey, a mom put food on the table, a dad pay a mortgage, or a student pay for college. Our customers are our shareholders - and they are the ones we strive to make happy. Thank you for supporting small businesses!" - UnknownIsto veio parar-me às mãos pelo Facebook e não podia estar mais de acordo. Aqui deste lado, não é uma mãe que vos fala (ainda, ou pelo menos de crianças humanas), mas é alguém que, com a ajuda dos seus clientes directa ou indirectamente, tem pago a prestação do seu velhinho carro ao longo de 5 anos sem o qual não poderia ir trabalhar, tem ajudado a família quando ela precisa, tem comprado mobílias para guardar os livros do seu mais-que-tudo, tem podido fazer operações às patinhas da sua gata-mais-pequena, tem podido ir às aulas de ioga todos os meses. Assim, só posso dizer também - MUITO OBRIGADA!
This came to me through Facebook and I could not agree more. Here, on this side, it isn't a mother who speaks to you (yet, or at least to a human child), but is someone who, with the help of her customers, directly or indirectly, has paid for her old car loan over 5 years, without which she could't go to work; has helped her family whenever it is necessary; bought furniture to keep the books of her better-half; has been able to pay for surgeries to her little cat's paws, has been able to go to yoga lessons every month. So I can only say - THANK YOU!
25 fevereiro, 2012
Malas novas // New Bags
24 fevereiro, 2012
Orgulho nos meus compatriotas // Proud of my fellow countrymen

O tema foi a presença da troika em Portugal a tratar das nossas finanças. Senti-me na obrigação de dizer ao senhor finlandês para informar os seus compatriotas finlandeses de que não somos os preguiçosos (ou pelo menos, nem todos) que eles criticam. O finlandês disse logo que de facto os portugueses não lhe pareceram nada o que se imagina por lá e que essa ideia tinha a ver com o crescimento de partidos de Direita no Parlamento finlandês. Até por que, dizia o senhor, parece que os gregos estão a reagir assim tão mal porque havia privilégios inacreditáveis como reformas post-mortem e daí a sua reacção irreflectida, violenta e destrutiva. "Ninguém gosta de ser despedido ou de ter de fazer cortes, mas há quem vá procurar soluções e há quem vá partir a fábrica... para serem todos despedidos! Parece-me que os Portugueses preferem ir procurar soluções e estão a fazê-lo." dizia o homem finlandês.
2. A propósito dos 25 anos da morte de Zeca Afonso, e depois da conversa com o senhor finlandês, tenho mais a certeza de que somos realmente TÃO civilizados: somos capazes de estar tão afogados como a Grécia (que sei eu de economia!) mas não acredito que alguma vez saiamos para a rua a partir tudo, a deitar fogo ao pouco que temos. Nem uma situação tão extrema, como foi a falta de liberdade e a dizimação de uma geração de homens na Guerra Colonial, foi capaz de enraivecer e toldar o nosso discernimento, não será agora que isso irá acontecer. Fomos capazes de fazer uma Revolução tendo como senha uma canção tão bonita e como senha de confirmação de que a fomos bem sucedidos outra canção ainda mais bonita e mais poderosa, de uma pessoa se arrepiar toda! Que canção! E ainda usámos como símbolo desta mudança tão importante uma flor! Mais pacíficos e civilizados não podemos ser!
Que orgulho isto me dá! De pertencer a um povo civilizado que faz revoluções com canções e flores. E mais orgulho vou ter quando conseguirmos superar estes dias difíceis sem nunca recorrermos à violência!
Em cada esquina, um amigo,
Em cada rosto, igualdade.
22 fevereiro, 2012
A loja // The shop
Informação importante: desde que a plataforma DaWanda melhorou as suas aplicações e pudemos inserir a nossa página de produtos disponíveis para venda aqui no blogue que não se justifica ter uma outra página com os mesmos produtos. Assim, para simplificar tudo, quem estiver cheio de vontade de se passear com uma peça Do Not Push My Buttons!, é só clicar onde diz "Loja // Shop" escolher! Se houver alguma dúvida, se não estiver à vontade com as compras na Internet, é só enviar um e-mail que tudo se resolve. E o e-mail é este: do.not.push.my.buttons@gmail.com . (É que assim não preciso ter o dobro do trabalho e posso usar esse tempo a fazer... MAIS COISAS!)
Important notice: Since DaWanda platform improved their applications and were able to insert our products available for sale here on the blog that we see no need to have another page with the same products. Thus, to simplify everything, who is desperate to have a Do Not Push My Buttons! product, just click where it says "Loja // Shop" and choose! If there is any doubt, if you are not comfortable shopping on the Internet, just send an email that everything is solved. And the email is this: do.not.push.my.buttons@gmail.com. (this way I don't need to have twice the work and I can use that time to make ... MORE THINGS!)
15 fevereiro, 2012
Jane Doe update
14 fevereiro, 2012
30 janeiro, 2012
29 janeiro, 2012
23 janeiro, 2012
Ano novo - Coisas novas! // New year - New things!
We have a store full of lovelyyy things! Win a {1000 buttons} brooch on any purchase of any Do Not Push My Buttons! product until January 31st! Order here!
20 janeiro, 2012
Feliz Aniversário Do Not Push My Buttons! // Happy Birthday Do Not Push My Buttons!
O nosso blog faz 6 anos! Caramba! 6 ANOS! E nem um único cabelo branco! Nem uma única ruga! O que quer dizer que o meu trabalho - o MEU trabalho - começou há 6 anos.
Tenho uma memória péssima, mas lembro-me bem quando e como foi que fiz a primeira peça com botões (um anel destes); quando fiz a primeira pregadeira "1000 botões", a primeira vez que vendi uma peça. Um trabalho que só me orgulha, que me tem trazido imensas alegrias, nunca me desilude e que me incentiva a continuar o meu caminho. Mais: um trabalho que me mostrou O caminho - este!
Já que os aniversários trazem presentes, para comemorar, quem fizer compras até ao fim de Janeiro na nossa loja online ou na nossa loja Dawanda, ganha uma pregadeira "1000 botões"!
I have a bad memory, but I remember well when and how I made the first piece with buttons (one of these rings), when I made the first "1000 buttons" brooch, the first time I sold a piece. A work that only makes me proud, that has brought me immense joy, never disappoints me and encourages me to continue my path. Plus: a work that showed me The path - this path!
Since birthdays bring gifts, to celebrate, whoever purchases before the end of January in our online store or in our Dawanda store gets a "1000 buttons" brooch for free!
18 janeiro, 2012
Não, não vai ficar tudo bem.
Esta noite, ao meu lado, no comboio para casa, vinham um homem e uma mulher ao meu lado.
Ela não parava de chorar. Tentava esconder a cara com o cachecol que trazia, tentava não fazer barulho, não incomodar, mas não conseguia conter-se. As lágrimas escorriam-lhe pela cara abaixo.
O homem que estava com ela não tinha palavras para a consolar. Também não dizia para parar de o fazer. Via-se que era um caso grave, tão grave que as palavras entre eles não eram trocadas. Um silêncio.
A mim só me apetecia agarrar na mão da senhora e dizer-lhe "O que quer que lhe tenha acontecido, há-de correr bem. Não se preocupe, as coisas não são tão más como às vezes nos parecem. Vai tudo correr bem.". Mas fiquei no meu canto, não queria intrometer-me na vida da senhora com as minha tretas de pensamento positivo. Ela já devia ter problemas que chegassem, não precisava de uma abelhuda a chatear. A verdade é que eu tenho um problema: se alguém chora ao pé de mim, quem quer que seja, em breve começo eu também a chorar. Fatal e incontrolável como o destino. E quando a coisa do meu lado já estava a começar a descambar, surge a minha paragem, que era a do casal também.
Enquanto esperávamos que o comboio parasse e as portas abrissem, percebi a conversa que o senhor estava entretanto a ter com alguém ao telemóvel. "(...) teve de levar o filho ao hospital e ele acabou por falecer."
.
Não, as coisas não se vão resolver. Nunca mais. Não vai ficar tudo bem.
Calei-me para dentro. Lembrei-me de quando se perde alguém tão próximo, como os irmãos (ou um filho, no caso). E as coisas não "ficam bem", "não vão correr bem". As lágrimas escorrem sem darmos por elas, a cara só se quer esconder nesse escuro que fica a vida, nesse buraco que aparece por implosão do mundo que acaba de desabar. Sempre a cair sem nunca mais batermos no chão.
Mas um dia tocamos com os pés no chão. Sentimos o solo firme. Poisamos os pés. Fincamo-los com vontade. Esticamos os joelhos. Erguemos a cabeça. Abrimos o peito. Damos um passo, e outro e mais outro. E a vida continua a caminhar com o tempo. Passamos a pertencer a esta irmandade de Pessoas-Com-Buracos-No-Peito que se reconhecem no comboio pelas lágrimas que escorrem desgovernadas.
As coisas não se resolveram nem melhoraram. Nem se esqueceram. O tempo é que passa e ainda temos "uma noite para passar". E, por isso, ordenamos às lágrimas que não escorram e à cara que não se esconda e ao coração que continue a bater.
Ela não parava de chorar. Tentava esconder a cara com o cachecol que trazia, tentava não fazer barulho, não incomodar, mas não conseguia conter-se. As lágrimas escorriam-lhe pela cara abaixo.
O homem que estava com ela não tinha palavras para a consolar. Também não dizia para parar de o fazer. Via-se que era um caso grave, tão grave que as palavras entre eles não eram trocadas. Um silêncio.
A mim só me apetecia agarrar na mão da senhora e dizer-lhe "O que quer que lhe tenha acontecido, há-de correr bem. Não se preocupe, as coisas não são tão más como às vezes nos parecem. Vai tudo correr bem.". Mas fiquei no meu canto, não queria intrometer-me na vida da senhora com as minha tretas de pensamento positivo. Ela já devia ter problemas que chegassem, não precisava de uma abelhuda a chatear. A verdade é que eu tenho um problema: se alguém chora ao pé de mim, quem quer que seja, em breve começo eu também a chorar. Fatal e incontrolável como o destino. E quando a coisa do meu lado já estava a começar a descambar, surge a minha paragem, que era a do casal também.
Enquanto esperávamos que o comboio parasse e as portas abrissem, percebi a conversa que o senhor estava entretanto a ter com alguém ao telemóvel. "(...) teve de levar o filho ao hospital e ele acabou por falecer."
.
Não, as coisas não se vão resolver. Nunca mais. Não vai ficar tudo bem.
Calei-me para dentro. Lembrei-me de quando se perde alguém tão próximo, como os irmãos (ou um filho, no caso). E as coisas não "ficam bem", "não vão correr bem". As lágrimas escorrem sem darmos por elas, a cara só se quer esconder nesse escuro que fica a vida, nesse buraco que aparece por implosão do mundo que acaba de desabar. Sempre a cair sem nunca mais batermos no chão.
Mas um dia tocamos com os pés no chão. Sentimos o solo firme. Poisamos os pés. Fincamo-los com vontade. Esticamos os joelhos. Erguemos a cabeça. Abrimos o peito. Damos um passo, e outro e mais outro. E a vida continua a caminhar com o tempo. Passamos a pertencer a esta irmandade de Pessoas-Com-Buracos-No-Peito que se reconhecem no comboio pelas lágrimas que escorrem desgovernadas.
As coisas não se resolveram nem melhoraram. Nem se esqueceram. O tempo é que passa e ainda temos "uma noite para passar". E, por isso, ordenamos às lágrimas que não escorram e à cara que não se esconda e ao coração que continue a bater.
03 janeiro, 2012
10 anos // 10 years
Há 10 anos, um rapaz pegou na minha mão e nunca mais a largou.
10 years ago, a boy took my hand and never let it go.
10 years ago, a boy took my hand and never let it go.
27 dezembro, 2011
Loser ou lost?
Coisa n.º1:
Hoje estava a ouvir na rádio a história de alguém que criou um brinquedo para crianças cegas. A reportagem acabou com um fatal "Fulana-tal espera agora que empresas do ramo lhe façam uma proposta para produção do brinquedo." Que diabo! Como é que querem andar para a frente e sair desta crise se ficam à espera de convites e propostas?! Acham-se assim tão geniais que as empresas vão todas a correr fazer ofertas para comprar os direitos de produção? E que tal se a senhora que criou essa genial invenção fosse arranjar um empréstimo, pedir dinheiro à família, fazer uma colecta na escola onde dá aulas, sei lá!, e ir ela própria encomendar às empresas que lhe produzam a sua invenção, investir nessa criação em que acredita?
Coisa n.º 2
O nosso Primeiro-Ministro cometeu a gaffe de sugerir aos nossos professores desempregados que procurassem oportunidades em países de expressão portuguesa. Para mim é uma gaffe lamentável já que veio de um Primeiro-Ministro, mas todos nós sabemos que, bem lá no fundo, não é um conselho de desaproveitar ou descabido. Muitos dos nossos amigos já nos deram esse conselho em alguma ocasião da nossa vida.
Isto fez-me reflectir no estado da minha geração. Loser ou lost?
Por um lado, e à primeira vista, sou uma loser: estudei para ser designer, até nem era má aluna, ganhei um premiozito, esforcei-me, viajei à procura de mais coisas, já trabalhei aqui e acolá mas a verdade é que fui parar atrás de um balcão de uma loja.
No entanto, é este balcão de loja que me permite várias coisas que são muito mais importantes que um emprego como designer: posso ser independente financeiramente, posso ajudar a minha família quando ela precisa, posso pagar um dinner and movies de vez em quando e posso - voilá! - ser designer! Sem patrões, sem exigências e dependendo apenas de mim e da minha criatividade! Porque com o que ganho, consigo (ainda) comprar material para produzir as minhas peças, pelas quais sou mais reconhecida do que alguma vez fui como designer-por-conta-de-outrem. Mas não fico à espera de convites e propostas! Em seis anos batalha-se para vender as nossas coisas, procuram-se fornecedores, procuram-se vendedores, procuram-se oportunidades. Às vezes conseguimos, outras vezes não. Umas vezes adoram-nos, outras não nos ligam nenhuma. Não estou rica, é verdade, mas será que preciso ser?
O que não estou é lost! E é isto que a nossa geração não pode estar! Os meus conterrâneos ficaram muito indignados com a ideia do Primeiro-Ministro. Mas porquê?
Há quem seja genial (como talvez a senhora do brinquedo para cegos) e que é convidado para as empresas e para bons cargos - devem ser 0,01% da população, na melhor das hipóteses. E há os assim-assim - nós todos, o resto.
Ora se se é genial, não se terá problemas, porque há lugar para génios em qualquer lado, seja aqui em Portugal, seja no Burquina-Faso. Se se é assim-assim temos então as duas opções:
Na opção 2, se se sente assim tanto o chamamento para uma profissão, para uma carreira, ao ponto de não sermos de maneira nenhuma felizes se não formos editores 3D na Pixar, então temos mesmo de "embalar a trouxa e zarpar". Tiriri tiriri tiririiitiiaiê. Então por que ficam tão indignados com o conselho do Primeiro-Ministro? Façam-se à vida! E sim, para esta opção também é precisa muita determinação e trabalho. Pois claro que ficam longe da famílias, dos amigos, do sol e dos pastéis-de-nata, mas se se sente assim tanto o "chamamento" isso não será problema. Se o é, escolham a opção 1.
A senhora dos brinquedos para crianças cegas, parece-me estar um pouco lost também. Dá a ideia de que não faz ideia nenhuma sobre o que fazer com a sua invenção. E parece-me que a minha geração está assim também: não sabe o que fazer com tanta educação e licenciatura.
Das duas maneiras não se pode perder a cabeça, ou seja, lost: tem de se saber o que se quer da vida, as prioridades, o que valorizamos, o caminho para se atingir os objectivos.
É que quando ganhamos também perdemos. E quando julgamos que já não temos nada a perder, é quando começamos a ganhar. Temos é de saber com que linhas nos cosemos.
Hoje estava a ouvir na rádio a história de alguém que criou um brinquedo para crianças cegas. A reportagem acabou com um fatal "Fulana-tal espera agora que empresas do ramo lhe façam uma proposta para produção do brinquedo." Que diabo! Como é que querem andar para a frente e sair desta crise se ficam à espera de convites e propostas?! Acham-se assim tão geniais que as empresas vão todas a correr fazer ofertas para comprar os direitos de produção? E que tal se a senhora que criou essa genial invenção fosse arranjar um empréstimo, pedir dinheiro à família, fazer uma colecta na escola onde dá aulas, sei lá!, e ir ela própria encomendar às empresas que lhe produzam a sua invenção, investir nessa criação em que acredita?
Coisa n.º 2
O nosso Primeiro-Ministro cometeu a gaffe de sugerir aos nossos professores desempregados que procurassem oportunidades em países de expressão portuguesa. Para mim é uma gaffe lamentável já que veio de um Primeiro-Ministro, mas todos nós sabemos que, bem lá no fundo, não é um conselho de desaproveitar ou descabido. Muitos dos nossos amigos já nos deram esse conselho em alguma ocasião da nossa vida.
Isto fez-me reflectir no estado da minha geração. Loser ou lost?
Por um lado, e à primeira vista, sou uma loser: estudei para ser designer, até nem era má aluna, ganhei um premiozito, esforcei-me, viajei à procura de mais coisas, já trabalhei aqui e acolá mas a verdade é que fui parar atrás de um balcão de uma loja.
No entanto, é este balcão de loja que me permite várias coisas que são muito mais importantes que um emprego como designer: posso ser independente financeiramente, posso ajudar a minha família quando ela precisa, posso pagar um dinner and movies de vez em quando e posso - voilá! - ser designer! Sem patrões, sem exigências e dependendo apenas de mim e da minha criatividade! Porque com o que ganho, consigo (ainda) comprar material para produzir as minhas peças, pelas quais sou mais reconhecida do que alguma vez fui como designer-por-conta-de-outrem. Mas não fico à espera de convites e propostas! Em seis anos batalha-se para vender as nossas coisas, procuram-se fornecedores, procuram-se vendedores, procuram-se oportunidades. Às vezes conseguimos, outras vezes não. Umas vezes adoram-nos, outras não nos ligam nenhuma. Não estou rica, é verdade, mas será que preciso ser?
O que não estou é lost! E é isto que a nossa geração não pode estar! Os meus conterrâneos ficaram muito indignados com a ideia do Primeiro-Ministro. Mas porquê?
Há quem seja genial (como talvez a senhora do brinquedo para cegos) e que é convidado para as empresas e para bons cargos - devem ser 0,01% da população, na melhor das hipóteses. E há os assim-assim - nós todos, o resto.
Ora se se é genial, não se terá problemas, porque há lugar para génios em qualquer lado, seja aqui em Portugal, seja no Burquina-Faso. Se se é assim-assim temos então as duas opções:
- opção 1 - ficar cá em Portugal e desenrascar-se com um emprego qualquer para o qual não se aspirou;
- opção 2 - ir para o estrangeiro e tentar a sorte numa carreira profissional para a qual se investiu.
Na opção 2, se se sente assim tanto o chamamento para uma profissão, para uma carreira, ao ponto de não sermos de maneira nenhuma felizes se não formos editores 3D na Pixar, então temos mesmo de "embalar a trouxa e zarpar". Tiriri tiriri tiririiitiiaiê. Então por que ficam tão indignados com o conselho do Primeiro-Ministro? Façam-se à vida! E sim, para esta opção também é precisa muita determinação e trabalho. Pois claro que ficam longe da famílias, dos amigos, do sol e dos pastéis-de-nata, mas se se sente assim tanto o "chamamento" isso não será problema. Se o é, escolham a opção 1.
A senhora dos brinquedos para crianças cegas, parece-me estar um pouco lost também. Dá a ideia de que não faz ideia nenhuma sobre o que fazer com a sua invenção. E parece-me que a minha geração está assim também: não sabe o que fazer com tanta educação e licenciatura.
Das duas maneiras não se pode perder a cabeça, ou seja, lost: tem de se saber o que se quer da vida, as prioridades, o que valorizamos, o caminho para se atingir os objectivos.
É que quando ganhamos também perdemos. E quando julgamos que já não temos nada a perder, é quando começamos a ganhar. Temos é de saber com que linhas nos cosemos.
15 dezembro, 2011
Na Dinamarca falam de nós // On Denmark, they talk about us
Graças à Lone Kindberg e à Kind By Nature, os nossos Jane Doe foram referidos na revista online BabyBusiness, também da Dinamarca.
Thanks to Lone Kindberg and to Kind By Nature, our Jane Doe dolls were refered at BabyBusiness an online magazine, also in Denmark.
Thanks to Lone Kindberg and to Kind By Nature, our Jane Doe dolls were refered at BabyBusiness an online magazine, also in Denmark.

Subscrever:
Mensagens (Atom)