30 janeiro, 2012
29 janeiro, 2012
23 janeiro, 2012
Ano novo - Coisas novas! // New year - New things!
Temos a loja cheia de coisas liiiindas! Aproveitem até ao dia 31 de Janeiro para ganhar uma pregadeira {1000 Botões} na compra de qualquer artigo Do Not Push My Buttons! Encomendem aqui!
We have a store full of lovelyyy things! Win a {1000 buttons} brooch on any purchase of any Do Not Push My Buttons! product until January 31st! Order here!
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20 janeiro, 2012
Feliz Aniversário Do Not Push My Buttons! // Happy Birthday Do Not Push My Buttons!
O nosso blog faz 6 anos! Caramba! 6 ANOS! E nem um único cabelo branco! Nem uma única ruga! O que quer dizer que o meu trabalho - o MEU trabalho - começou há 6 anos.
Tenho uma memória péssima, mas lembro-me bem quando e como foi que fiz a primeira peça com botões (um anel destes); quando fiz a primeira pregadeira "1000 botões", a primeira vez que vendi uma peça. Um trabalho que só me orgulha, que me tem trazido imensas alegrias, nunca me desilude e que me incentiva a continuar o meu caminho. Mais: um trabalho que me mostrou O caminho - este!
Já que os aniversários trazem presentes, para comemorar, quem fizer compras até ao fim de Janeiro na nossa loja online ou na nossa loja Dawanda, ganha uma pregadeira "1000 botões"!
I have a bad memory, but I remember well when and how I made the first piece with buttons (one of these rings), when I made the first "1000 buttons" brooch, the first time I sold a piece. A work that only makes me proud, that has brought me immense joy, never disappoints me and encourages me to continue my path. Plus: a work that showed me The path - this path!
Since birthdays bring gifts, to celebrate, whoever purchases before the end of January in our online store or in our Dawanda store gets a "1000 buttons" brooch for free!
18 janeiro, 2012
Não, não vai ficar tudo bem.
Esta noite, ao meu lado, no comboio para casa, vinham um homem e uma mulher ao meu lado.
Ela não parava de chorar. Tentava esconder a cara com o cachecol que trazia, tentava não fazer barulho, não incomodar, mas não conseguia conter-se. As lágrimas escorriam-lhe pela cara abaixo.
O homem que estava com ela não tinha palavras para a consolar. Também não dizia para parar de o fazer. Via-se que era um caso grave, tão grave que as palavras entre eles não eram trocadas. Um silêncio.
A mim só me apetecia agarrar na mão da senhora e dizer-lhe "O que quer que lhe tenha acontecido, há-de correr bem. Não se preocupe, as coisas não são tão más como às vezes nos parecem. Vai tudo correr bem.". Mas fiquei no meu canto, não queria intrometer-me na vida da senhora com as minha tretas de pensamento positivo. Ela já devia ter problemas que chegassem, não precisava de uma abelhuda a chatear. A verdade é que eu tenho um problema: se alguém chora ao pé de mim, quem quer que seja, em breve começo eu também a chorar. Fatal e incontrolável como o destino. E quando a coisa do meu lado já estava a começar a descambar, surge a minha paragem, que era a do casal também.
Enquanto esperávamos que o comboio parasse e as portas abrissem, percebi a conversa que o senhor estava entretanto a ter com alguém ao telemóvel. "(...) teve de levar o filho ao hospital e ele acabou por falecer."
.
Não, as coisas não se vão resolver. Nunca mais. Não vai ficar tudo bem.
Calei-me para dentro. Lembrei-me de quando se perde alguém tão próximo, como os irmãos (ou um filho, no caso). E as coisas não "ficam bem", "não vão correr bem". As lágrimas escorrem sem darmos por elas, a cara só se quer esconder nesse escuro que fica a vida, nesse buraco que aparece por implosão do mundo que acaba de desabar. Sempre a cair sem nunca mais batermos no chão.
Mas um dia tocamos com os pés no chão. Sentimos o solo firme. Poisamos os pés. Fincamo-los com vontade. Esticamos os joelhos. Erguemos a cabeça. Abrimos o peito. Damos um passo, e outro e mais outro. E a vida continua a caminhar com o tempo. Passamos a pertencer a esta irmandade de Pessoas-Com-Buracos-No-Peito que se reconhecem no comboio pelas lágrimas que escorrem desgovernadas.
As coisas não se resolveram nem melhoraram. Nem se esqueceram. O tempo é que passa e ainda temos "uma noite para passar". E, por isso, ordenamos às lágrimas que não escorram e à cara que não se esconda e ao coração que continue a bater.
Ela não parava de chorar. Tentava esconder a cara com o cachecol que trazia, tentava não fazer barulho, não incomodar, mas não conseguia conter-se. As lágrimas escorriam-lhe pela cara abaixo.
O homem que estava com ela não tinha palavras para a consolar. Também não dizia para parar de o fazer. Via-se que era um caso grave, tão grave que as palavras entre eles não eram trocadas. Um silêncio.
A mim só me apetecia agarrar na mão da senhora e dizer-lhe "O que quer que lhe tenha acontecido, há-de correr bem. Não se preocupe, as coisas não são tão más como às vezes nos parecem. Vai tudo correr bem.". Mas fiquei no meu canto, não queria intrometer-me na vida da senhora com as minha tretas de pensamento positivo. Ela já devia ter problemas que chegassem, não precisava de uma abelhuda a chatear. A verdade é que eu tenho um problema: se alguém chora ao pé de mim, quem quer que seja, em breve começo eu também a chorar. Fatal e incontrolável como o destino. E quando a coisa do meu lado já estava a começar a descambar, surge a minha paragem, que era a do casal também.
Enquanto esperávamos que o comboio parasse e as portas abrissem, percebi a conversa que o senhor estava entretanto a ter com alguém ao telemóvel. "(...) teve de levar o filho ao hospital e ele acabou por falecer."
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Não, as coisas não se vão resolver. Nunca mais. Não vai ficar tudo bem.
Calei-me para dentro. Lembrei-me de quando se perde alguém tão próximo, como os irmãos (ou um filho, no caso). E as coisas não "ficam bem", "não vão correr bem". As lágrimas escorrem sem darmos por elas, a cara só se quer esconder nesse escuro que fica a vida, nesse buraco que aparece por implosão do mundo que acaba de desabar. Sempre a cair sem nunca mais batermos no chão.
Mas um dia tocamos com os pés no chão. Sentimos o solo firme. Poisamos os pés. Fincamo-los com vontade. Esticamos os joelhos. Erguemos a cabeça. Abrimos o peito. Damos um passo, e outro e mais outro. E a vida continua a caminhar com o tempo. Passamos a pertencer a esta irmandade de Pessoas-Com-Buracos-No-Peito que se reconhecem no comboio pelas lágrimas que escorrem desgovernadas.
As coisas não se resolveram nem melhoraram. Nem se esqueceram. O tempo é que passa e ainda temos "uma noite para passar". E, por isso, ordenamos às lágrimas que não escorram e à cara que não se esconda e ao coração que continue a bater.
03 janeiro, 2012
10 anos // 10 years
Há 10 anos, um rapaz pegou na minha mão e nunca mais a largou.
10 years ago, a boy took my hand and never let it go.
10 years ago, a boy took my hand and never let it go.
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