Estou a atravessar uma fase igual à da maior parte dos portugueses: com a cabeça à tona da água a tentar manter-me assim. E ia quase metendo um pedregulho no bolso para afundar mais.
O curioso é que me sentia sozinha, sem pessoas com quem pudesse conversar, mas conversar como-deve-ser e não "Ah pois, amanhã vai chover, que chatice".
Como o Cosmos não dorme (ou Deus, ou Seja-Lá-Quem-For), a seguir ao Grande Disparate que me pôs os nervos em frangalhos, apareceram os meus amigos. Logo no dia seguinte apareceu-me o Vicente, a seguir o Rui, depois a Martinha, depois a Marina, depois a Elisabete, o João e o Marcos, agora a Raquel e sempre, claro, e omnipresentemente o meu Luís, que não sai do meu lado.
Todos os dias da semana passada tive óptimas conversas com os meus amigos. Estive duas vezes no meu adorado Botequim e pude rir-me e esquecer-me do pânico da Segunda-feira do Grande Disparate.
Como não acredito em acasos, tenho de agradecer a presença deles todos. Fizeram-me colocar as coisas em perspectiva e desanuviar.
Há coisas mais importantes na vida do que manter a cabeça à tona da água: uma delas, são os amigos.