23 janeiro, 2012

Ano novo - Coisas novas! // New year - New things!

Temos a loja cheia de coisas liiiindas! Aproveitem até ao dia 31 de Janeiro para ganhar uma pregadeira {1000 Botões} na compra de qualquer artigo Do Not Push My Buttons! Encomendem aqui!

We have a store full of lovelyyy things! Win a {1000 buttons} brooch on any purchase of any Do Not Push My Buttons! product until January 31st! Order here!

20 janeiro, 2012

Feliz Aniversário Do Not Push My Buttons! // Happy Birthday Do Not Push My Buttons!

O nosso blog faz 6 anos! Caramba! 6 ANOS! E nem um único cabelo branco! Nem uma única ruga! O que quer dizer que o meu trabalho - o MEU trabalho - começou há 6 anos. 

Tenho uma memória péssima, mas lembro-me bem quando e como foi que fiz a primeira peça com botões (um anel destes); quando fiz a primeira pregadeira "1000 botões", a primeira vez que vendi uma peça. Um trabalho que só me orgulha, que me tem trazido imensas alegrias, nunca me desilude e que me incentiva a continuar o meu caminho. Mais: um trabalho que me mostrou O caminho - este!

Já que os aniversários trazem presentes, para comemorar, quem fizer compras até ao fim de Janeiro na nossa loja online ou na nossa loja Dawanda, ganha uma pregadeira "1000 botões"! 

Our blog is six years old now! Wow! 6 YEARS! And not a single white hair! Not a single wrinkle! So it means that my work - MY WORK - started 6 years ago.

I have a bad memory, but I remember well when and how I made the first piece with buttons (one of these rings), when I made the first "
1000 buttons" brooch, the first time I sold a piece. A work that only makes me proud, that has brought me immense joy, never disappoints me and encourages me to continue my path. Plus: a work that showed me The path - this path!

Since birthdays bring gifts, to celebrate, whoever purchases before the end of January in our online store or in our Dawanda store gets a "1000 buttons" brooch for free! 

18 janeiro, 2012

Não, não vai ficar tudo bem.

Esta noite, ao meu lado, no comboio para casa, vinham um homem e uma mulher ao meu lado.

Ela não parava de chorar. Tentava esconder a cara com o cachecol que trazia, tentava não fazer barulho, não incomodar, mas não conseguia conter-se. As lágrimas escorriam-lhe pela cara abaixo.
O homem que estava com ela não tinha palavras para a consolar. Também não dizia para parar de o fazer. Via-se que era um caso grave, tão grave que as palavras entre eles não eram trocadas. Um silêncio.

A mim só me apetecia agarrar na mão da senhora e dizer-lhe "O que quer que lhe tenha acontecido, há-de correr bem. Não se preocupe, as coisas não são tão más como às vezes nos parecem. Vai tudo correr bem.". Mas fiquei no meu canto, não queria intrometer-me na vida da senhora com as minha tretas de pensamento positivo. Ela já devia ter problemas que chegassem, não precisava de uma abelhuda a chatear. A verdade é que eu tenho um problema: se alguém chora ao pé de mim, quem quer que seja, em breve começo eu também a chorar. Fatal e incontrolável como o destino. E quando a coisa do meu lado já estava a começar a descambar, surge a minha paragem, que era a do casal também.

Enquanto esperávamos que o comboio parasse e as portas abrissem, percebi a conversa que o senhor estava entretanto a ter com alguém ao telemóvel. "(...) teve de levar o filho ao hospital e ele acabou por falecer."

.


Não, as coisas não se vão resolver. Nunca mais. Não vai ficar tudo bem.

Calei-me para dentro. Lembrei-me de quando se perde alguém tão próximo, como os irmãos (ou um filho, no caso). E as coisas não "ficam bem", "não vão correr bem". As lágrimas escorrem sem darmos por elas, a cara só se quer esconder nesse escuro que fica a vida, nesse buraco que aparece por implosão do mundo que acaba de desabar. Sempre a cair sem nunca mais batermos no chão.

Mas um dia tocamos com os pés no chão. Sentimos o solo firme. Poisamos os pés. Fincamo-los com vontade. Esticamos os joelhos. Erguemos a cabeça. Abrimos o peito. Damos um passo, e outro e mais outro. E a vida continua a caminhar com o tempo. Passamos a pertencer a esta irmandade de Pessoas-Com-Buracos-No-Peito que se reconhecem no comboio pelas lágrimas que escorrem desgovernadas.

As coisas não se resolveram nem melhoraram. Nem se esqueceram. O tempo é que passa e ainda temos "uma noite para passar". E, por isso, ordenamos às lágrimas que não escorram e à cara que não se esconda e ao coração que continue a bater.

03 janeiro, 2012

10 anos // 10 years

Há 10 anos, um rapaz pegou na minha mão e nunca mais a largou.
10 years ago, a boy took my hand and never let it go.